Conforme Netanyahu, ainda há combatentes do Hamas em solo israelense.
"Em primeiro lugar, é necessário limpar os assentamentos e bloquear qualquer possibilidade de penetração em nosso território. Os combates ainda continuam, e alguns terroristas ainda estão dentro do país", afirmou. "Sempre soubemos o que é o Hamas. Agora o mundo inteiro sabe. O Hamas é o ISIS [também conhecido como Daesh e Estado Islâmico, grupo terrorista proibido na Rússia e em vários outros países]. E venceremos da mesma forma que o mundo esclarecido uma vez derrotou o ISIS", acrescentou.
O primeiro-ministro ainda pediu à oposição para que seja formado um governo de unidade nacional enquanto durar o conflito no país, que se intensifica principalmente na Faixa de Gaza.
"Apelo aos líderes da oposição para que formem imediatamente um governo de emergência de unidade nacional, sem quaisquer condições prévias", enfatizou durante o discurso.
Netanyahu, que lidera um governo de coalizão de extrema-direita, enfrenta uma das maiores crises da história de Israel após o ataque do Hamas. A estratégia do primeiro-ministro, que conta com apoio dos Estados Unidos, é recuperar o controle do território e "eliminar terroristas" ainda presentes em Israel. Segundo o primeiro-ministro, o país vai usar forças contra o Hamas "sem precedentes".
Porta-voz do Hamas admite que ataque estava planejado há mais de um ano
A Associated Press (AP) também revelou nesta segunda que o membro da liderança do Hamas Ali Baraka disse que o ataque estava planejado há mais de um ano. Além disso, combatentes da ala militar do movimento teriam entrado nas áreas fronteiriças do sul de Israel após os disparos dos mais de 3 mil foguetes.
O conflito já deixou centenas de mortos nos dois lados: na Faixa de Gaza, já foram contabilizados quase 700, enquanto em Israel o número já passa de 900. Outras 2,7 mil pessoas ficaram feridas.