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Petrobras confirma que guerra no Oriente Médio pode aumentar preço do diesel

A guerra no Oriente Médio pode influenciar o preço do diesel no Brasil e levar a um aumento da volatilidade nos valores do petróleo. É o que afirmou nesta segunda-feira (9) o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. O conflito na região se estende desde o fim da última semana entre Israel e Hamas, mas pode se expandir para outros países.
Sputnik
Prates enfatizou, em entrevista à Agência Brasil, que o cenário internacional pode levar ao reajuste nos preços dos combustíveis caso ocorra um aumento nos valores dos derivados de petróleo, principalmente o diesel — a gasolina também pode ser afetada.
Porém o presidente da Petrobras lembrou que a atual política de preços da empresa pode reduzir os efeitos das variações internacionais. Desde maio a empresa não utiliza mais o preço de paridade internacional (PPI) como única referência para a venda de diesel e gasolina, o que ajuda a "amortecer" o impacto dessas mudanças de cenário no preço do petróleo e no dólar.

"Na guerra, provavelmente vai ter aumento de volatilidade. [Haverá] variações muito especulativas em cima disso aí, e [a situação] vai mostrar como é útil e como está dando certo a política de preços atual, pelo menos da Petrobras, como ela é capaz de mitigar um pouco esses efeitos", disse ao chegar para participar de um evento organizado pelo consulado geral da Noruega, no Rio de Janeiro.

Conforme Prates, ainda não há um plano discutido na Petrobras para o conflito no Oriente Médio, mas "não há muito mais a ser feito".
"Não porque a gente acordou agora nesta segunda-feira com este processo [a guerra]. A gente vai ver. Na verdade, não tem que fazer muito mais do que a gente já está fazendo. Ter habilidade de ir acompanhando os preços, principalmente do diesel, e ir se organizando de acordo com isso. Se tiver que haver ajuste, a gente vai fazer ajuste", finalizou.
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Tensão no Oriente Médio

Na última sexta (6), um ataque de foguetes sem precedentes do movimento Hamas, com mais de três mil lançamentos, conseguiu sobrecarregar os sistemas de mísseis antiaéreos e atingiu cidades de Israel. Isso levou a uma rápida reação do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que declarou guerra.
Só nas últimas 48 horas, o país convocou cerca de 300 mil reservistas e prepara uma invasão por terra contra a Faixa de Gaza. Netanyahu ainda "orientou" que os palestinos saiam de casa. Pelo menos 1.300 pessoas já morreram por conta do conflito.
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