Panorama internacional

Retaliação de Israel ao ataque do Hamas 'mudará o Oriente Médio', diz Netanyahu

À espera de uma resposta contundente de Jerusalém ao ataque do Hamas em Israel, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou estado de guerra e prometeu uma resposta mais dura contra o grupo extremista na Faixa de Gaza.
Sputnik
O gabinete político-militar de Israel aprovou na noite de sábado (7) a introdução da cláusula 40 na lei fundamental do país, o que significa a declaração formal de guerra. Após a divulgação da decisão, ainda no domingo (8), o Estado iniciou uma série de bombardeios na Faixa de Gaza contra aquilo que chamou de ataque terrorista sem precedentes.
Hoje (9), o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu uma resposta dura jamais vista pelas forças do Hamas.

"Estamos no meio de uma campanha. Sei que vocês passaram por uma provação difícil e terrível. O que o Hamas vai vivenciar será difícil e terrível; já estamos na campanha e estamos apenas começando. Sua liderança tem sido muito forte nestes dias difíceis. O Estado não deixará pedra sobre pedra para ajudar todos vocês. Peço que permaneçam firmes porque vamos mudar o Oriente Médio. Abraço vocês e os residentes. Estamos todos com vocês e vamos derrotá-los com força", declarou o premiê a diversos prefeitos e conselheiros locais, segundo seu gabinete.

No início da manhã de sábado (7), os radicais de Gaza lançaram centenas de foguetes contra o território israelense, tendo sido relatadas incursões de militantes em áreas fronteiriças de Israel. O Exército israelense relatou mais de 3.000 foguetes disparados do enclave e a infiltração de dezenas de palestinos armados nas áreas da fronteira sul de Israel.
Em resposta ao ataque, as Forças de Defesa de Israel anunciaram o lançamento da operação antiterrorista Espadas de Ferro na Faixa de Gaza.
O Hamas justificou as suas ações pelo aumento dos confrontos com as forças israelenses nos últimos meses na mesquita de Al-Aqsa, local considerado sagrado para os muçulmanos.
Nesta segunda-feira (9), o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, declarou ter ordenado o "bloqueio total" para a Faixa de Gaza prometendo impedir o fornecimento de "eletricidade, nem comida, nem combustível, tudo fechado".
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