O conflito entre Israel e o movimento palestino Hamas pode se estender para os EUA, se Washington não impor medidas de segurança fronteiriças mais rigorosas, afirmou nesta segunda-feira (9) o ex-presidente americano Donald Trump, em um comício em Wolfeboro, no estado de New Hampshire.
"Como presidente, apoiarei mais uma vez, firmemente, o Estado de Israel, cortaremos a verba aos terroristas desde o primeiro dia e vamos retomar a proibição [de entrada nos EUA] de pessoas provenientes de países afetados pelo terrorismo. Hoje temos uma guerra total em Israel e ela se espalhará muito rapidamente", disse Trump.
Segundo Trump, os Estados Unidos permitiram a entrada no país de dezenas de milhares de prováveis terroristas. Ele afirmou que, se regressar à presidência dos EUA, lançará a maior operação de deportação da história do país.
Na manhã de sábado (7), o Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel a partir da Faixa de Gaza. O Exército israelense relatou mais de 3.000 foguetes disparados a partir de Gaza e a incursão de dezenas de palestinos armados em áreas da fronteira sul de Israel. Horas depois, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está em estado de guerra e convocou um número recorde de 300 mil reservistas.
O número de mortos no confronto já ultrapassa 1.500, sendo cerca de 900 israelenses mortos e 690 palestinos. Nesta segunda-feira (9), Israel impôs um cerco total à Faixa de Gaza, com corte de eletricidade e bloqueio à entrada de água, alimentos e combustível.