Panorama internacional

Congresso dos EUA recebe projeto de lei de US$ 2 bilhões em ajuda militar a Israel

O Congresso dos Estados Unidos recebeu nesta terça-feira (10) um projeto de lei que fornece ajuda militar de US$ 2 bilhões (R$ 10,1 bilhões) para Israel, diante da escalada do conflito desde o fim de semana. O texto prevê fornecimento de sistemas antiaéreos Cúpula de Ferro, responsáveis por deter foguetes e projéteis disparados contra o país.
Sputnik

"A congressista Claudia Tenney apresentou hoje a Lei de Dotações Suplementares para a Operação Espadas de Ferro, ao lado dos representantes Josh Gottheimer (democrata), Max Miller (republicano) e Brad Schneider (democrata), para apropriar US$ 2 bilhões para Israel", informa o comunicado do Congresso.

A proposta foi apresentada pela congressista republicana Claudia Tenney, de Nova York. Conforme informou a parlamentar, o texto já recebeu apoio "de mais de uma dúzia e meia de congressistas de ambos os partidos do Congresso americano".
Na segunda-feira (9), líderes dos Estados Unidos, da Alemanha, da França, do Reino Unido e da Itália fizeram uma declaração conjunta de "apoio firme e unido" a Israel por conta dos ataques do Hamas. O texto também enfatiza que não é o momento para qualquer "parte hostil" ao país tirar proveito dos ataques para ter vantagens.
Já países como Rússia e Brasil pedem o fim da violência gerada pelo conflito, que até o momento deixou quase duas mil pessoas mortas em Israel e na Faixa de Gaza — o Itamaraty confirmou pelo menos dois brasileiros mortos.

Ataque surpresa

Israel declarou guerra ao território palestino após um ataque surpresa de foguetes na manhã do dia 7 de outubro, feriado no país. Por conta do alto número de explosivos, os sistemas antimísseis não conseguiram evitar que cidades do país fossem atingidas. A ala militar do movimento palestino Hamas chamou de operação Dilúvio de Al-Aqsa.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que ordenou uma mobilização generalizada de reservistas e mais de 300 mil pessoas já foram convocadas, inclusive cidadãos israelenses que vivem em outras partes do mundo.
As tensões entre Israel e Palestina se estendem por décadas: em 1947, uma decisão da Organização das Nações Unidas (ONU), que na época contou com papel ativo da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), determinou a criação de dois Estados na região do Oriente Médio (Israel e Palestina). Porém, apenas o território israelense foi oficializado, embora o país tenha dado aval à decisão.
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