Panorama internacional

Faixa de Gaza: primeiro-ministro palestino diz que região vive catástrofe humanitária

Os constantes bombardeios de Israel contra a Faixa de Gaza, onde vivem cerca de 2,3 milhões de habitantes, provocam uma catástrofe humanitária sem precedentes na região. É o que contou o primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh, em entrevista à WAFA. Em três dias, mais de 180 mil pessoas já foram obrigadas a deixar suas casas.
Sputnik
A situação fica ainda mais complicada diante dos bloqueios de Israel contra o território, o que impede a chegada de alimentação, energia e demais itens básicos. O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, já declarou que os "cercos que colocam em perigo a vida de civis" e a privação de bens essenciais à sobrevivência são proibidos pelo direito internacional humanitário.

"O primeiro-ministro Mohammad Shtayyeh disse na terça-feira que a nossa população na Faixa de Gaza enfrenta uma catástrofe humanitária devido à agressão contínua da ocupação [israelense] pelo quarto dia consecutivo", afirmou a agência palestina em comunicado.

Mohammad Shtayyeh solicitou a abertura de corredores seguros para a entrega de comida e alimentos, já que os estoques estão próximos do fim.
Conforme a ONU, a população da Faixa de Gaza vive em um território com alta densidade demográfica e muitos estão em situação de pobreza por conta do bloqueio israelense em vigor desde 2007 — o país controla as fronteiras por mar, terra e ar.
O único posto não controlado pelos israelenses foi fechado na segunda-feira (9) pelo Egito por conta de diversos bombardeios, o que também atrapalha a chegada de ajuda humanitária.
O pedido de ajuda ao povo palestino também foi reforçado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que solicita a criação de um corredor humanitário.

Escalada do conflito

Desde o ataque surpresa do Hamas na manhã de 7 de outubro, Israel iniciou um conflito sem precedentes contra o movimento palestino, que se concentra na região da Faixa de Gaza. Até o momento, quase duas mil pessoas já morreram por conta da guerra.
Há ainda ameaça de ataques por terra contra o território, após a convocação de mais de 300 mil reservistas por Israel.
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