Ao participar hoje (10) da cerimônia de formatura conjunta dos cadetes que estudam nas academias das Forças Armadas da República Islâmica do Irã, o líder declarou que "apoiantes do regime sionista e outros têm espalhado rumores nos últimos dois, três dias, incluindo que o Irã estaria por trás desta ação. Estes rumores são falsos", disse Khamenei em um discurso, segundo a Reuters.
"A causa desta tempestade destrutiva foi a contínua brutalidade e ferocidade do falso regime usurpador contra os palestinos. Este regime não pode esconder a sua face monstruosa e tortuosa no ataque a Gaza e no massacre dos habitantes de Gaza através do ato de mentir ou de se fazer de vítima […]", disse.
Khamenei ainda indicou que um ataque a Gaza vai "desencadear uma torrente de raiva muito mais pesada".
"O regime de ocupação procura retratar-se como uma vítima para aumentar ainda mais os seus crimes [...] este é um cálculo equivocado [...] resultará em um desastre ainda maior. [...] Esta grande calamidade foi provocada pelas ações dos próprios sionistas. Porque quando se ultrapassa os limites da ferocidade e da brutalidade, deve-se antecipar uma 'tempestade'", acrescentou o líder citado pela Tasmin.
Outras autoridades iranianas já haviam rejeitado ontem (10) as acusações de envolvimento iraniano na preparação do ataque do Hamas, mas o aiatolá ainda não havia se pronunciado.
Os Estados Unidos disseram na segunda-feira (10) que o Irã era cúmplice do ataque, mas acrescentaram que não tinham informações de inteligência ou provas que apoiassem esta afirmação.
O recém-empossado chefe do Estado-Maior Conjunto norte-americano, general Charles Q. Brown, alertou Teerã para não se envolver na crise, dizendo que não queria que o conflito se ampliasse, diz a mídia.
Mais de 1.000 residentes israelenses morreram e mais de 3.400 ficaram feridos desde o início da escalada do conflito israelo-palestino, informou a Embaixada israelense nos EUA em sua conta no X (antigo Twitter).
O Ministério da Saúde de Gaza disse que pelo menos 687 palestinos foram mortos e 3.726 feridos em ataques aéreos israelenses no enclave bloqueado desde sábado (7).