Panorama internacional

EUA procuram impedir a propagação da guerra Israel-Hamas com visita de Blinken ao país, diz mídia

Secretário de Estado dos EUA chega após formação de gabinete de guerra de Israel enquanto operações terrestres apertam o cerco a Gaza.
Sputnik
De acordo com o Financial Times (FT), o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, chegou a Israel nesta quinta-feira (12), enquanto Washington intensifica os esforços para evitar que a guerra do país com o Hamas se transforme em um conflito regional.
Na quarta-feira (10), Israel formou uma unidade política com a oposição para gerir o conflito contra o Hamas, intensificando ataques na Faixa de Gaza, que já contabiliza inúmeras perdas de ambos os lados. A visita de Blinken ocorre logo depois da formação do gabinete de guerra para evitar o transbordamento do conflito.
Desde sábado (7), caças israelenses bombardeiam alvos em Gaza após o pior ataque já lançado pelo Hamas contra Tel Aviv. Até agora, o ataque matou pelo menos 1.200 civis e soldados e feriu mais de 3.000, enquanto militantes fizeram dezenas de outros reféns, segundo autoridades israelenses.
Autoridades palestinas disseram na quinta-feira que 1.203 pessoas foram mortas pelos ataques israelenses em Gaza e que 5.763 ficaram feridas.
Blinken disse antes de deixar os Estados Unidos que Washington estava alertando outros países da região para não "tirarem vantagem" da situação em Israel.
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O secretário norte-americano também deve visitar a Cisjordânia, onde deve se encontrar com o presidente palestino, Mahmoud Abbas.
Ainda na quarta-feira, segundo o FT, o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, discutiu o conflito por telefone com o presidente do Irã, Ebrahim Raisi — a primeira conversa entre os líderes dos Estados em anos — e declarou estar preocupado com a situação humanitária em Gaza e que estava pressionando para acalmar a crise.
Segundo a ONU, aproximadamente 340 mil palestinos foram deslocados dentro da faixa de 40 quilômetros para se abrigar contra os bombardeios israelenses em escolas e campos de refugiados administrados pela organização. A agência de ajuda palestina da ONU disse na quarta-feira que 11 de seus funcionários foram mortos em ataques aéreos.
Apesar das manifestações públicas de Washington de apoio total a Tel Aviv, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, disse na quarta-feira que os Estados Unidos estavam em discussões com Israel e o Egito para criar um corredor humanitário de "passagem segura" para civis apanhados no conflito na Faixa de Gaza.
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