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Mídia: diplomatas da gestão Lula dizem que brasileiros em Gaza podem morrer de fome; 15 são crianças

Autoridades que estão acompanhando de perto a situação na Faixa de Gaza afirmaram à Folha de São Paulo que os 28 brasileiros que estão em Gaza – entre eles uma idosa e 15 crianças – vão morrer de fome caso fracasse a tentativa do governo brasileiro de evacuá-las do território pela fronteira com o Egito.
Sputnik
De acordo com fontes ouvidas pelo jornal, a "situação é desesperadora": "Sim, eles vão morrer de fome", afirmou um diplomata sob condição de anonimato. O grupo foi abrigado em uma escola católica, e o governo brasileiro já pediu a Israel que não bombardeie o local.
Israel já avisou que não haverá luz, comida e nem mesmo água enquanto o Hamas mantiver reféns no território. O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, já pediu por meio de carta que Tel Aviv crie corredores humanitários para a saída dos civis de Gaza, e também para a entrada de alimentos.
A mídia explica que os estoques de comida da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA, na sigla em inglês) vão durar apenas mais quatro dias. É esse alimento que chega aos brasileiros, e por isso o desespero citado pelo governo.
Os alimentos, em tempos normais, são obtidos por meio de doações, inclusive do Brasil. Na guerra, no entanto, Israel bloqueou todas as entradas ao território, e a comida não está chegando.
As condições de vida dos palestinos brasileiros que tentam viajar ao Brasil são muito diferentes das dos brasileiros que estavam em Israel, e que já estão embarcando de volta ao Brasil em voos da FAB.
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Eles não são turistas, nem têm qualquer dinheiro. São pessoas pobres, que moravam em Gaza por serem também cidadãos palestinos, e que viviam já em situação de extrema dificuldade, relata o jornal.
O governo brasileiro tenta desde o começo da semana negociar com o Egito a passagem dos brasileiros pela fronteira do país árabe com Gaza. Cairo, no entanto, reluta em ajudar pois teme que milhares de palestinos passem pela fronteira, transformando-se em refugiados. Para piorar ainda mais a situação, Israel bombardeou a cidade de Rafah, por onde os brasileiros teriam que passar.
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