O secretário-geral adjunto do Hezbollah, Naim Qasem, disse nesta sexta-feira (13) que o grupo está preparado para agir contra Israel em resposta à sua guerra contra o Hamas.
"Os apelos nos bastidores feitos por grandes potências, países árabes, enviados das Nações Unidas, directa e indirectamente dizendo-nos para não interferirmos, não terão qualquer efeito. Estamos totalmente preparados, quando chegar a hora, para qualquer ação que realizarmos", afirmou Qasem citado pela Bloomberg.
A declaração do secretário acontece horas depois que o ministro das Relações Exteriores iraniano, Hossein Amirabdollahian, encontrou na capital libanesa, Beirute, com Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah.
"É claro que no caso da continuação dos crimes de guerra e do bloqueio humanitário a Gaza e à Palestina, todas as possibilidades e decisões por parte das outras correntes da resistência são possíveis", disse Amirabdollahian aos jornalistas em Beirute quando questionado sobre a possibilidade de uma segunda frente.
O chanceler citou o assassinato de civis e o corte de eletricidade em Gaza como exemplos de alegados crimes de guerra.
"Os EUA querem permitir a Israel destruir Gaza, e é um grave erro. Se os americanos querem evitar que a guerra se estenda por toda a região, devem controlar Israel. Se não detiverem os crimes israelenses, não sabemos o que pode acontecer", afirmou o ministro iraniano.
Nesta tarde, Israel bombardeou várias cidades fronteiriças ao sul do Líbano, após uma explosão em uma cerca fronteiriça entre os dois países na tarde nesta sexta-feira (13).
O caso, confirmado por fontes libanesas e israelenses, teria sido uma resposta a uma "tentativa de invasão" do Estado Judeu pelo norte, de acordo com autoridades em Jerusalém, relata o jornal O Globo.
"O Exército está respondendo atualmente com disparos de artilharia ao território libanês", informaram as Forças de Defesa de Israel em um comunicado.