O chanceler, Hossein Amirabdollahian, disse a repórteres que o Hezbollah levou em consideração todos os cenários de uma guerra, e que Tel Aviv deveria parar os seus ataques o mais rápido possível.
"Conheço os cenários que o Hezbollah criou. Qualquer passo que a Resistência [Hezbollah] tome causará um enorme terremoto na entidade sionista. Quero alertar aos criminosos de guerra e aqueles que apoiam esta entidade antes que seja tarde demais para parar os crimes contra civis em Gaza, porque pode ser tarde demais dentro de algumas horas", afirmou Amirabdollahian citado pela Bloomberg.
A chancelaria iraniana também declarou que entrará em contato com responsáveis das Nações Unidas no Oriente Médio porque "ainda há uma oportunidade de trabalhar em uma iniciativa [para acabar com a guerra], mas amanhã poderá ser tarde demais", acrescentou o ministro.
A possibilidade de uma nova frente no Líbano traz de volta memórias amargas de uma violenta guerra de um mês entre o Hezbollah e Israel em 2006, que terminou em um impasse e tensa distensão entre os dois lados.
Em um comunicado emitido hoje (14) e citado pela Reuters, o grupo disse que atacou neste sábado cinco postos israelenses na área disputada de Chebaa Farms, na fronteira libanês-israelense, com mísseis teleguiados e morteiros.
Ontem (13), Israel atacou alvos do Hezbollah no sul do Líbano, conforme noticiado. Desde o início do conflito, o grupo e as Forças de Defesa de Israel trocaram vários ataques nas zonas fronteiriças entre os dois países.