O Hamas está disposto a libertar reféns desde que Israel pare de bombardear a Faixa de Gaza, informou o Financial Times (FT) neste domingo (15), citando uma fonte familiarizada com o assunto.
Segundo o jornal, o Catar está atualmente estabelecendo conversas com ambas as partes e em contato com os EUA. O principal objetivo do diálogo é conseguir a libertação dos prisioneiros israelenses capturados por militantes do Hamas na sua ofensiva lançada no dia 7 de outubro.
"Ontem houve reuniões positivas e o Hamas parece disposto a libertar os reféns civis, mas diz que não pode fazê-lo enquanto o bombardeio continuar", disse ao FT uma fonte familiarizada com as conversas. "Eles precisam que os israelenses parem de bombardear Gaza por um curto período de tempo para libertar os cativos com segurança", acrescentou.
O Hamas lançou um ataque em grande escala contra Israel no dia 7 de outubro. Em resposta, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou o estado de guerra pela primeira vez desde 1973.
Dois dias após a escalada do conflito, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, anunciou "um cerco total" ao enclave palestino. Na quinta-feira (12), as autoridades em Tel Aviv afirmaram que a Faixa de Gaza não vai ter acesso a água, alimentos ou combustíveis até que o Hamas liberte todos os reféns.
Há quase uma semana que a comunidade internacional insta Israel a abrir um corredor humanitário para os habitantes do enclave.
Neste domingo, as Forças de Defesa de Israel (FDI) prometeram que vão permitir um corredor humanitário ao sul da Faixa de Gaza.