Em junho, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução condenando a eclosão da violência em Manipur. A entidade apelou também a todas as partes para que exercessem contenção e aos líderes políticos para que parassem de fazer declarações inflamatórias para influenciar a resolução das tensões.
"Birla enfatizou a soberania da Índia e protestou contra uma moção do Parlamento Europeu sobre os assuntos internos da Índia", disse o comunicado da Lok Sabha, a Câmara Baixa do Parlamento Indiano.
Segundo o Hindustan Times, o parlamentar também convidou o seu homólogo europeu para testemunhar as eleições gerais indianas marcadas para 2025. Afirmou ainda que cada nação e cada parlamento são soberanos e que os assuntos internosa de outros países não devem ser discutidos por terceiros.
Neste sentido, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Arindam Bagchi, declarou que a organização considera a resolução da entidade europeia sobre a situação no estado de Manipur como uma interferência inaceitável nos assuntos internos. Ele aconselhou o Parlamento Eeuropeu a utilizar o seu tempo de forma mais produtiva para resolver os seus próprios problemas internos.
Confrontos violentos eclodiram em vários locais do estado indiano de Manipur no início de maio, em resposta às exigências do grupo étnico meitei para ser reconhecido como uma tribo oficial na Índia. Essas demandas provocaram protestos de membros do povo kuki — indígenas do estado de Manipur. Em protesto, foi organizada a Marcha de Solidariedade Tribal, durante a qual eclodiram diversos tumultos. Segundo os últimos números, os confrontos deixaram pelo menos 98 mortos e mais de 300 feridos.
O chamado grupo de castas e tribos registradas da Índia inclui representantes dos grupos socioeconômicos mais desfavorecidos. A inclusão nesta lista oferece oportunidades preferenciais de emprego em empresas estatais, vagas em universidades públicas e outros privilégios.