A cidade é conhecida como "o mais antigo assentamento continuamente habitado de descendentes de europeus e afro-americanos" nos Estados Unidos, de acordo com o site da cidade histórica.
Na semana passada, os destroços, que estavam a mais de 2,5 metros de profundidade, foram completamente removidos e armazenados. A embarcação data de meados ou do final do século XIX, segundo o comunicado da empresa SEARCH, contratada pelo Departamento de Transporte.
O barco de fundo plano, possivelmente feito de madeiras macias, como pinho ou cedro, tinha originalmente cerca de 8,5 metros de comprimento. No momento da descoberta, o comprimento do barco era de 5,8 metros, afirmaram os pesquisadores.
O barco pode ter sido largado no final de sua vida útil no que antes eram as margens de um rio e baía locais, de acordo com especialistas da empresa SEARCH.
"Pensamos que a embarcação pode ter se afundado inesperadamente e foi assoreada ao longo do tempo. É por isso que se encontra tão bem preservada, estava envolta em terra e lodo, pelo que não havia contato com o ar para se decompor. Este é um achado verdadeiramente incrível", disse o funcionário do departamento Greg Evans.
É um pequeno veleiro do século XIX com um calado pouco profundo, muito provavelmente utilizado para a apanha de peixe e marisco nas águas costeiras, afirmou o arqueólogo James Delgado, que dirigiu a escavação e o levantamento da embarcação.
"Utilizámos água, uma espátula suave e mãos com luvas para enxaguar e esfregar a sujidade e expor a madeira frágil", acrescentou Delgado.
A popa não foi encontrada na escavação, pois há muito que tinha sido destruída por organismos marinhos", disse o arqueólogo, descrevendo o barco como bem construído, provavelmente "pelas pessoas que o possuíam e trabalhavam nele".
"Muitas margens que mudaram com o tempo devido a aterros sepultaram barcos e navios. No entanto, esses ainda são achados raros no mundo da arqueologia marítima", resumiu ele.