Apesar do alerta, a administração Biden não parece muito preocupada em evitar a tensão nas regiões de conflitos, uma vez que já enviou seus navios de guerra ao Oriente Médio, o que, por si só, já aumenta o risco de uma escalada.
Israel está preparando um grande ataque terrestre na Faixa de Gaza, em uma área densamente povoada, o que pode resultar em um grande número de casualidades, incluindo a morte de civis.
"Há um risco de uma escalada do conflito, a abertura de uma segunda frente no norte e, claro, o envolvimento do Irã", alertou o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan.
Contudo, em vez de todas as medidas para solucionar o conflito, o governo norte-americano mais uma vez resolveu investir em mostrar "sua força e soberania", enviando dois grupos de ataque de porta-aviões, o que provavelmente elevará a tensão regional e contribuirá para a escalada da guerra.
Como de costume, a administração Biden justificou suas ações militares sob o pretexto de ameaças de países terceiros, no caso o Irã, e que, para garantir a paz, é necessária sua força de guerra.
Em resposta às ações americanas na região, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian, alertou que o país poderia agir contra as atrocidades de Israel em Gaza.
"Se o escopo da guerra expandir, danos significativos também cairão sobre os Estados Unidos", alertou o ministro.
Os ataques israelenses estão se espalhando e, consequentemente, atraindo outros grupos e países para a guerra, criando assim um risco real de uma escalada desenfreada.
O Hamas lançou um ataque em grande escala contra Israel no dia 7 de outubro. Em resposta, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu declarou Estado de guerra pela primeira vez desde 1973.
Dois dias após a escalada do conflito, o ministro da Defesa israelense Yoav Gallant anunciou "um cerco total" ao enclave palestino. Na quinta-feira (12), as autoridades em Tel Aviv afirmaram que a Faixa de Gaza não vai ter acesso a água, alimentos ou combustíveis até que o Hamas liberte todos os reféns.
Neste domingo (15), as Forças de Defesa de Israel (FDI) prometeram que vão permitir um corredor humanitário ao sul da Faixa de Gaza.