"Estão prontos para tomar as medidas necessárias para libertar os cidadãos e civis detidos por grupos de resistência, mas o que eles querem dizer é que tais medidas exigem preparativos que são impossíveis sob o bombardeio diário dos sionistas [israelenses] contra várias partes de Gaza", disse Kanaani em uma entrevista coletiva em Teerã.
Além disso, há interesse do Hamas em trocar os reféns por palestinos detidos, o que já ocorreu em acordos unilaterais no passado. Atualmente, cerca de 4,5 mil palestinos estão presos em unidades penitenciárias israelenses.
O ataque-surpresa de foguetes contra Israel no dia 7 de outubro levou o país a declarar guerra contra o Hamas. Os bombardeios se concentram na Faixa de Gaza, que ainda pode ver um combate por terra, já que Israel convocou mais de 360 mil reservistas.
Conforme autoridades médicas palestinas e israelenses, mais de quatro mil pessoas já morreram por conta do conflito e outras 13 mil estão feridas. Dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) revelam, ainda, que pelo menos 700 crianças foram mortas em Israel e na Faixa de Gaza.
Ações não representam o povo palestino
Ainda nesta segunda-feira (16), o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, disse que as ações do Hamas — grupo responsável pelo ataque surpresa que levou Israel a declarar guerra — "não representam o povo palestino". A afirmação aconteceu durante conversa por telefone com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Além disso, Mahmoud Abbas lembrou que a Organização para Libertação da Palestina (OLP) é a única representante legítima do seu povo.
No mesmo comunicado, Abbas "reiterou a necessidade de parar os ataques que atingem os civis palestinos e criar corredores seguros para a entrada de suprimentos médicos e alimentares, bem como fornecer água e eletricidade ao povo de Gaza".
Até o momento, mais de 320 mil pessoas já ficaram desabrigadas em Gaza por conta do conflito entre Israel e Hamas.