Panorama internacional

'Israel não tem interesse em ocupar Gaza', mas quer 'destruir Hamas', diz embaixador do país na ONU

Gilad Erdan, representante de Israel na ONU, afirmou que os israelenses não têm como objetivo ocupar Gaza e se estabelecer na região, visando apenas aniquilar as forças do Hamas.
Sputnik
O embaixador israelense na Organização das Nações Unidas, fez estas afirmações em uma entrevista à CNN depois que o presidente norte-americano Joe Biden alertou Israel sobre o agravamento da crise humanitária enquanto o país se prepara para uma invasão terrestre.

"Não temos nenhum interesse em ocupar Gaza ou ficar em Gaza, mas, já que estamos lutando por nossa sobrevivência e a única forma, como o próprio presidente [Biden] definiu, é destruir o Hamas, então teremos de fazer o que for necessário para aniquilar suas capacidades", disse o embaixador.

Além disso, Erdan comentou a surpresa dos ataques palestinos e disse que há muito ainda para investigar, porém isso será feito após o fim do conflito. No momento, de acordo com ele, os israelenses precisam se unir para destruir as potencialidades terroristas do Hamas: "Não estamos tentando culpar ninguém ou culpar uns aos outros".
O embaixador ainda apontou a estratégia do grupo palestino de se infiltrar nas infraestruturas civis e afirmou que não há outra maneira de o erradicar sem ser a partir da evacuação temporária da população.

"É muito triste porque, eu realmente sinto pelo sofrimento das pessoas de Gaza. Entretanto, devemos todos lembrar que eles elegeram o Hamas 18 anos atrás. O Hamas é o único responsável por tudo que está acontecendo ali", disse Erdan.

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O número de vítimas na Faixa de Gaza ultrapassou as 2.000 e o número de mortos residentes de Israel ultrapassou 1.000. Milhares de israelenses e palestinos ficaram feridos. Diversos estrangeiros também foram mortos ou estão desaparecidos, brasileiros e russos por exemplo. Mais de 150 israelenses estão sendo mantidos em cativeiro pelo Hamas.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia apelou às partes para que cessem as hostilidades. De acordo com a posição do presidente russo Vladimir Putin, a solução da crise do Oriente Médio só é possível com base na resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU sobre a criação de dois Estados, a qual prevê a criação de um Estado palestino independente, de acordo com as fronteiras estabelecidas em 1967, com sua capital em Jerusalém Oriental.
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