A situação só pode ser revertida com a chegada da ajuda humanitária, que tem enfrentado resistência do governo israelense, responsável pelo bloqueio. Ainda segundo a OMS, o território onde vivem mais de 2,3 milhões de pessoas está cada vez mais próximo de uma "verdadeira catástrofe".
O trecho de fronteira entre Gaza e Egito, o único que não é controlado por Israel, também sofre com o conflito e está fechado desde a semana passada. Toda a ajuda humanitária com insumos básicos ainda não passou pelo posto por falta de acordo entre as duas nações.
Segundo o governo egípcio, a entrada só pode ser realizada enquanto o sul de Gaza não estiver sendo bombardeado por Tel Aviv. Os últimos dados disponíveis apontam que mais de 4 mil pessoas já foram mortas na Faixa de Gaza e em Israel, enquanto outras 13 mil já ficaram feridas por conta do conflito.
Já Israel descartou qualquer trégua para o envio de alimentação, medicamentos e outros itens. Na última sexta (13), o Conselho de Segurança da ONU chegou a se reunir para negociar uma saída para o problema, mas não houve acordo.
A história do conflito entre Israel e Palestina
Em 29 de novembro de 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas votou a criação de dois Estados — um judeu e um árabe — na margem ocidental do rio Jordão, ao mesmo tempo em que Jerusalém manteria o status de zona internacional.
Em 14 de maio de 1948, Israel declarou sua independência. Imediatamente depois, Egito, Síria, Jordânia, Líbano e Iraque começaram uma guerra contra o Estado recém-formado.
Durante a Guerra dos Seis Dias (1967), Israel ocupou a Faixa de Gaza e a Cisjordânia (margem ocidental do rio Jordão), incluindo Jerusalém Oriental. Surgiram as colônias de judeus em terra palestina, levando ao deslocamento em massa de palestinos.
Em 29 de novembro de 2012, a Palestina recebeu o status de Estado observador na ONU, evento que é amplamente considerado o reconhecimento de fato do Estado palestino pela comunidade internacional.
Como resultado de ataques de foguetes a partir da Faixa de Gaza, Israel vem realizando operações contra a infraestrutura do Hamas desde 2008, tendo sido a última em maio de 2023.
Países como Rússia e Brasil têm pedido às duas partes em conflito que cheguem a um cessar-fogo e retornem à mesa de negociações.