No domingo (15), autoridades palestinas relataram que mais de 2.600 pessoas foram mortas em Gaza desde o início dos combates.
"Acho que eles [Forças de Defesa de Israel] vão para lá [Faixa de Gaza] em força, e vai ser um banho de sangue para todos", disse ao jornal Kenneth F. McKenzie Jr., general aposentado do Corpo de Fuzileiros Navais e ex-chefe do Comando Central dos EUA, (USCENTCOM, na sigla em inglês). Ele também sugeriu que a violência se "arrastará por muito mais tempo" do que o ataque do Hamas e as tropas israelenses ficarão atoladas na imprevisibilidade da guerra urbana.
De acordo com estimativas do coronel aposentado dos EUA e especialista militar do think tank RAND Corporation Gian Gentile, a ofensiva do Exército israelense "assumirá uma escala muito maior" do que em operações anteriores.
Entretanto, apesar da superioridade militar de Israel sobre o Hamas no número de tropas e nível de desenvolvimento de equipamento militar, os militantes palestinos "se prepararam muito bem" para enfrentar o adversário em condições de ambiente urbano, disse ao jornal Mick Mulroy, ex-funcionário sênior do Pentágono.
Especialistas militares de vários países do Oriente Médio entrevistados pela mídia também acreditam que a ofensiva em larga escala de Israel contra áreas da Faixa de Gaza densamente povoadas pode "durar semanas" e levar à morte de "milhares de pessoas e à destruição de quarteirões internos".
O Hamas lançou um ataque em grande escala contra Israel no dia 7 de outubro. Em resposta, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu declarou o estado de guerra pela primeira vez desde 1973.
Dois dias após a escalada do conflito, o ministro da Defesa israelense Yoav Gallant anunciou "um cerco total" ao enclave palestino.