Panorama internacional

Operação terrestre de Israel em Gaza contra o Hamas pode virar banho de sangue, dizem especialistas

Operação terrestre anunciada por Israel contra os militantes do Hamas na Faixa de Gaza pode levar a enormes perdas de ambos os lados e ao risco de envolvimento de outros países no conflito, escreve The Washington Post citando especialistas.
Sputnik
No domingo (15), autoridades palestinas relataram que mais de 2.600 pessoas foram mortas em Gaza desde o início dos combates.
"Acho que eles [Forças de Defesa de Israel] vão para lá [Faixa de Gaza] em força, e vai ser um banho de sangue para todos", disse ao jornal Kenneth F. McKenzie Jr., general aposentado do Corpo de Fuzileiros Navais e ex-chefe do Comando Central dos EUA, (USCENTCOM, na sigla em inglês). Ele também sugeriu que a violência se "arrastará por muito mais tempo" do que o ataque do Hamas e as tropas israelenses ficarão atoladas na imprevisibilidade da guerra urbana.
De acordo com estimativas do coronel aposentado dos EUA e especialista militar do think tank RAND Corporation Gian Gentile, a ofensiva do Exército israelense "assumirá uma escala muito maior" do que em operações anteriores.
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Entretanto, apesar da superioridade militar de Israel sobre o Hamas no número de tropas e nível de desenvolvimento de equipamento militar, os militantes palestinos "se prepararam muito bem" para enfrentar o adversário em condições de ambiente urbano, disse ao jornal Mick Mulroy, ex-funcionário sênior do Pentágono.

Especialistas militares de vários países do Oriente Médio entrevistados pela mídia também acreditam que a ofensiva em larga escala de Israel contra áreas da Faixa de Gaza densamente povoadas pode "durar semanas" e levar à morte de "milhares de pessoas e à destruição de quarteirões internos".

O Hamas lançou um ataque em grande escala contra Israel no dia 7 de outubro. Em resposta, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu declarou o estado de guerra pela primeira vez desde 1973.
Dois dias após a escalada do conflito, o ministro da Defesa israelense Yoav Gallant anunciou "um cerco total" ao enclave palestino.
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