Panorama internacional

Em carta, 110 legisladores dos EUA pedem a Biden para bloquear envio de petróleo iraniano à China

No documento enviado ontem (16) ao presidente Joe Biden, 110 legisladores (incluindo 66 democratas) pediram à Casa Branca sanções econômicas e bélicas contra o Irã devido ao conflito entre Hamas e Israel em Gaza.
Sputnik
De acordo com o jornal The Washington Post, os legisladores Josh Gottheimer e Don Bacon foram os responsáveis pelo encaminhamento da carta assinada, que tem como intuito esgotar as principais fontes de financiamento do Irã, incluindo um bloqueio do petróleo iraniano para China, relata a mídia.
O documento também apela à Casa Branca que pressione o Catar e a Turquia para "cessarem todos os laços com o Hamas" e recolocarem sanções contra mísseis balísticos ao Irã, que já estavam previstas para expirar na quarta-feira (18), além de reduzirem as receitas provenientes das vendas de petróleo para os chineses.
"O Irã deve ser totalmente responsabilizado pelo seu papel contínuo no financiamento do Hamas e do terrorismo islâmico. Pedimos à administração que tome todas as medidas necessárias para cortar as fontes de financiamento iranianas. Isto inclui a aplicação máxima de todas as sanções dos EUA e a tomada de todas e quaisquer medidas para acabar com o comércio de petróleo do Irã com a China", afirma o documento.
Teerã exporta cerca de 1,5 milhão de barris de petróleo por dia, com a maior parte seguindo para a China. Um grande aumento em relação aos quase 1 milhão de barris que exportava por dia no início do mandato de Biden, de acordo com Scott Modell, CEO do Rapidan Energy Group.
Restringir essas vendas seria difícil, mas possível, exigindo provavelmente que os Estados Unidos impusessem sanções financeiras a terceiros — principalmente empresas chinesas — que comprassem o petróleo iraniano.
Tal medida poderia antagonizar Pequim, bem como aumentar o preço do petróleo, uma mercadoria comercializada globalmente, analisa a mídia.
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Até agora, a Casa Branca não adotou esta abordagem, embora a sua posição possa mudar rapidamente. Qualquer medida dramática contra o Irã corre o risco de intensificar um conflito regional, escreve a mídia, o qual a administração Biden quer acalmar tanto quanto possível, e restringir as vendas de petróleo iraniano pode fazer disparar os preços globais do gás antes das eleições presidenciais do próximo ano.
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