No mês passado, a Embraer fechou um acordo para fornecer até cinco unidades do KC-390 para a Áustria, nesta semana foi a vez da República Tcheca fazer o pedido.
Nesta terça-feira (17), o governo tcheco anunciou a seleção do KC-390 como seu novo avião de transporte militar. É o quinto país a fazer essa compra na Europa e o terceiro da OTAN, consolidando a entrada da fabricante brasileira neste mercado, relata a Folha de São Paulo.
Além de Praga e Viena, a empresa brasileira já vendeu cinco unidades para Portugal e Países Baixos e duas para Hungria.
"Estamos honrados pela seleção do Ministério da Defesa e das Forças Armadas para iniciar as negociações desta aquisição significativa. Estamos prontos para fornecer à República Tcheca a mais avançada aeronave de transporte tático disponível no mercado. […] a aeronave está atraindo a atenção de várias nações ao redor do mundo, devido à sua combinação imbatível de alta produtividade e flexibilidade operacional com baixos custos operacionais", disse Bosco da Costa Junior, presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança em nota enviada à mídia.
De acordo com o jornal, a República Tcheca era um alvo óbvio da Embraer pela sua lacuna na aviação de transporte e pelo fato de ter uma empresa, a Aero Vodochody, como fornecedora de partes da fuselagem, portas e rampa de carga do KC-390.
Os tchecos também operam hoje 14 caças Gripen, a geração anterior da comprada pelo Brasil da sueca Saab, mas já escolheram outro modelo para substituí-lo, o americano F-35. No mês passado, Praga anunciou que compraria 24 desses aviões.
O próximo país que deve adquirir o KC-390 na Europa é a Suécia, em uma negociação que envolve um aditivo ao contrato de compra de 36 Gripen E/F pelo Brasil, conforme noticiado.
No arranjo, Estocolmo deveria comprar até quatro aeronaves, e a FAB expandiria sua frota para 50 aeronaves sem precisar fazer uma negociação do zero. O ministro da Defesa, José Múcio, estava a caminho da Suécia para discutir o negócio na semana passada, mas teve de voltar ao país para coordenar a operação de resgate dos brasileiros em Israel e Gaza.
A Embraer é a terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo e teve uma receita global de R$ 23 bilhões.