Segundo o diplomata, o projeto brasileiro tem duas grandes deficiências: "a presença de linguagem condenando exclusivamente as ações do Hamas, mas não o bombardeio de Israel em Gaza, o que o torna político e desequilibrado, e a ausência de um apelo a um cessar-fogo imediato".
"Assim, a Rússia fez duas alterações sobre esses tópicos, que serão votadas antes da própria resolução. Hoje, complementamos a alteração, que diz respeito à condenação dos ataques em Gaza, com a condenação do ataque ao hospital al-Ahli em Gaza", acrescentou Polyansky.
O Brasil, que exerce o cargo de presidência do Conselho de Segurança da ONU (CSONU), teria pedido 24 horas para tornar o seu texto aceitável para todos os membros do Conselho.
Atualmente, o órgão possui cinco membros permanentes e com poder de veto: China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos.
Outros dez países foram eleitos para representar suas regiões, podendo votar nas resoluções e assumir o cargo de presidência mensal: Albânia, Brasil, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes.
O Hospital Batista al-Ahly, na Faixa de Gaza, foi bombardeado nesta terça-feira (17). O Ministério da Saúde de Gaza disse que mais de 500 pessoas foram mortas, a maioria delas mulheres e crianças, e outras 900 ficaram feridas.
Palestinos e israelenses culparam-se mutuamente pelo ataque. O Ministério das Relações Exteriores da Palestina afirmou que o ataque foi realizado por aviões israelenses.
Já o Exército israelense alegou que o hospital foi atingido por um míssil defeituoso do grupo Jihad Islâmica Palestina.