O presidente argentino chegou à China no sábado (14) e deverá voltar para casa no próximo dia 20.
Sua agenda ocupada inclui uma reunião bilateral com seu homólogo chinês, Xi Jinping. Fernández também se encontrou com empresários de companhias de tecnologia e de mineração. No domingo (15), visitou o Centro Tecnológico da Huawei, empresa conhecida pelos serviços 5G.
Em Xangai, o argentino se econtrou com Dilma Rousseff, atual titular do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), o banco do BRICS.
A partir de hoje (17) começa o terceiro Fórum do Cinturão e Rota para Cooperação Internacional, em Pequim. Alberto Fernández também será um participante do evento.
O que se espera no encontro bilateral com Xi é a negociação de uma ampliação do acordo de swap de moedas, o que permitiria continuar com o pagamento de importações em yuan, dado o problema de reservas de dólar que tem o Banco Central da República Argentina.
"Esperamos alguns anúncios a respeito de investimentos ou cooperação financeira entre ambos os países para apoiar uma possível corrida depois das eleições", afirmou o jornalista Nestor Restivo à Sputnik.
"A relação com a China é uma das poucas políticas de Estado da Argentina. Ainda que com nuances, [Mauricio] Macri continuou o caminho iniciado pelo kirchnerismo. Houve investimentos fortes e se avançou ao nível comercial na abertura de mercados", apontou.
No entanto, demonstrou incertezas se Javier Milei – candidato à presidência na Argentina – cumpriria com seu discurso anti-China. "Uma coisa é dizer coisas fora do governo, outra quando ganhar. Ainda assim, afirmou que se alinharia com os EUA e Israel, por isso existe uma grande pergunta."
Sobre esse assunto, o jornalista comemora a entrada da Argentina no BRICS. "Não é um alinhamento com certos pensamentos, mas sim uma medida muito pragmática, pela necessidade de infraestrutura da região, que está muito sintonizada com o momento do mundo, que pede para apostar pela paz e para que a voz do Sul Global seja ouvida."