"Em primeiro lugar, uma região explosiva e instável [Oriente Médio], repleta com uma variedade de armas, revelou-se muito útil para os Estados Unidos. Se houver um problema, são necessários os serviços dos EUA", afirmou Medvedev em um artigo para o jornal Izvestia.
"Instabilidade controlada: isso traz influência e muito dinheiro."
Em seu artigo, o vice-presidente do Conselho de Segurança também afirmou que armas americanas, deixadas para trás após a guerra do Afeganistão e desviadas de Kiev, estão sendo utilizadas no conflito de Israel para matar civis.
Medvedev também criticou a posição dos Estados Unidos em relação ao Oriente Médio, o único país a ir contra a resolução do Brasil no Conselho de Segurança da ONU. "Washington nunca esteve interessado em encontrar uma solução duradoura para a situação no Oriente Médio", disse.
Para o político russo, os EUA "seguem o caminho habitual e apostam apenas na força, em vez de tentar aliviar o confronto".
"Quaisquer negociações no Oriente Médio com a participação dos Estados Unidos estão obviamente condenadas", alertou, afirmando também que a União Europeia está fechando os olhos para o agravamento no conflito palestino-israelense.
Dmitry Medvedev também disse que a Rússia se coloca a disposição para intermediar negociações, mas que em sua opinião, apenas a criação de um estado Palestino pode "acabar com o problema do Oriente Médio".