Cerca de 150 brasileiros aguardam resgate em Israel e na Faixa de Gaza, sendo 120 em Israel e aproximadamente outros 30 na Faixa de Gaza, segundo informações do governo brasileiro.
Desde o início da operação Voltando em Paz, o governo federal já repatriou um total de 1.135 pessoas das regiões de conflito entre Hamas e Israel.
Foram seis voos desde o dia 10 de outubro, sendo que o último, com 221 brasileiros, deixou a área de conflito e deve chegar ao país na madrugada desta quinta-feira (19).
Em coletiva, Mauro Vieira, ministro de Relações Exteriores, destacou que a operação disponibilizou veículos para transportar brasileiros das áreas centrais de Jerusalém e Tel Aviv até o aeroporto e que toda operação foi acompanhada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com o balanço realizado pelo Ministério das Relações Exteriores, a operação Voltando em Paz alcançou hoje (18) o número de 1.135 brasileiros repatriados em meio ao conflito no Oriente Médio.
Durante uma coletiva de imprensa no Palácio realizada hoje, Vieira fez um balanço da iniciativa, considerada pela pasta "a maior do tipo da história do país".
Vieira relembrou que a operação teve início em 8 de outubro, dia seguinte ao ataque do Hamas a Israel.
A embaixada brasileira em Tel Aviv começou a cadastrar brasileiros interessados na repatriação e a avaliar os desafios logísticos para garantir que todos os cidadãos brasileiros conseguissem chegar a Tel Aviv, definida como porta de saída principal para os repatriados.
Voos
Na madrugada de quarta (18) para quinta-feira (19) está prevista a chegada de um voo vindo de Tel Aviv ao aeroporto do Rio de Janeiro, com cerca de 210 brasileiros.
Outro avião menor, com 60 passageiros, está previsto para desembarcar na quinta-feira (19), também no Aeroporto Internacional do Galeão.
Há também o avião da Presidência da República, que aguarda no Egito a abertura da passagem de Rafah para trazer cerca de 30 brasileiros e seus parentes que estão em Gaza.
Duas aeronaves, uma KC-390 e uma KC-30, estão de prontidão — uma em Roma e outra no Rio de Janeiro — para trazer mais brasileiros "em virtude das listas [que] estão sendo compostas pela nossa Embaixada", relatou o comandante da Aeronáutica, Marcelo Damasceno.
Há, ainda, 15 estrangeiros de países latino-americanos — da Bolívia, da Argentina, do Uruguai e do Paraguai — que solicitaram ajuda ao Brasil para deixar a região da guerra.