A situação afetou os terminais de Lille, Lyon, Nantes, Nice, Toulouse e Beauvais. Já os aeroportos Charles de Gaulle, de Orly e de Paris não precisaram ser fechados. A informação é do canal BFMTV.
As unidades de Nice e Lyon-Bron puderam retomar a operação em algumas horas, após serem descartadas as suspeitas.
A França entrou em alerta de ataque de emergência por conta de ameaças terroristas começou no país após um ataque na cidade de Arras, no norte da França. Na ocasião, um homem de 20 anos atacou um grupo de pessoas na escola secundária Gambetta-Carnot, levando um professor à morte e deixando outras vítimas feridas. O suspeito estava armado com uma faca e atacou a vítima no pescoço. Na sequência, ele tentou atacar outras pessoas, mas foi contido.
Alunos e funcionários chegaram a ficar confinados na escola. O jovem responsável pela morte foi preso pela polícia e, segundo as autoridades locais, é ex-aluno do ensino médio. A família dele já é conhecida pelos serviços de inteligência e o irmão mais velho foi condenado a cinco anos de prisão por "conspiração de crimes terroristas". Já o pai foi expulso da França em 2018. O caso ainda segue investigado pela Procuradoria Nacional Antiterrorista.
Um ataque em Bruxelas, na Bélgica, também deixou a França em estado de alerta. Na noite da última segunda (16), um homem de 45 anos matou dois suíços a tiros no centro da cidade. Em um vídeo nas redes sociais, o suspeito, que morreu no dia seguinte após confronto com a polícia, dizia se inspirar em uma organização terrorista.
Todos esses episódios deixaram a França no nível mais alto do sistema de segurança Vigipirat, que é acionado quando há possibilidade de atuação de um grupo terrorista no país. Pelo menos sete mil soldados do país foram destacados para atuar em todas as regiões do país.
Apreensão dos franceses
Uma pesquisa divulgada nesta quarta pela BFMTV também mostrou a apreensão dos franceses: 84% estão preocupados com as ameaças terroristas. Possíveis ocorrências nas escolas também têm gerado preocupação para 61% dos entrevistados.
Apesar da implementação pela primeira vez desde 2015 da Operação Sentinela, que reforça a segurança no país, a população local não está confiante na atuação do governo. Para 59% dos franceses, o Executivo não implementa todos os meios necessários para combater a ameaça terrorista.
Para 75% dos entrevistados, uma das medidas mais eficazes é a "expulsão de todos os estrangeiros considerados perigosos pelos serviços de inteligência".