Ao todo, 12 pessoas foram condenadas pela Suprema Corte pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. Os julgamentos começaram no início de setembro.
A maioria do colegiado seguiu o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, que condenou cada reú a 17 anos de prisão, com exceção de um, que recebeu sentença de 14 anos.
Acompanharam o relator os ministros Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Luiz Fux. Os ministros Cristiano Zanin e Edson Fachin divergiram em parte, votando por penas mais leves. Os ministros André Mendonça, Luís Roberto Barroso e Cássio Nunes Marques divergiram no sentido de absolver os réus de alguns dos crimes.
Está prevista para sair ainda hoje (18) a conclusão da comissão parlamentar de inquérito (CPI) instalada em maio para investigar os mandantes e principais envolvidos nos atos golpistas que ocasionaram confusão e a destruição de patrimônio do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e da sede do Supremo Tribunal Federal.
A CPI pede o indiciamento de Jair Bolsonaro e de outras figuras do governo do ex-presidente, entre apoiadores e ex-integrantes da ala militar. São eles, entre outros nomes: Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional); Walter Braga Netto (ex-ministro da Defesa); Luiz Eduardo Ramos (ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência); a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP); o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques; Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro) e Anderson Torres (ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal).