Após os ataques de 7 de outubro, políticos israelenses expressaram o desejo de reduzir Gaza a pó. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o bombardeio à cidade de Gaza era "apenas o começo".
Contudo, os planos israelenses parecem ter mudado após a visita do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que esteve no país na última quarta-feira (18).
Segundo uma reportagem da Bloomberg, que falou com altos oficiais das Forças de Defesa de Israel (FDI), os EUA estão fortemente preocupados com a possível entrada do Hezbollah ou do Irã no conflito.
"Três altos funcionários israelenses, falando sob condição de anonimato, disseram que o papel e a influência dos EUA na guerra contra o Hamas são mais profundos e mais fortes do que qualquer controle exercido por Washington no passado", disse a publicação.
Para evitar a entrada de novos atores, Washington teria interesse em limitar a quantidade de civis mortos pelas FDI. Moram em Gaza cerca de 2 milhões de palestinos, sitiados por bloqueios terrestres, marítimos e aéreos.
No dia anterior à visita do presidente americano, uma explosão atingiu o Hospital Batista al-Ahli, deixando 471 mortos, segundo dados do Ministério da Saúde palestino. O mundo árabe rapidamente abraçou o lado palestino, culpando Israel pelo ataque e iniciando protestos ao redor do mundo.
O número de vítimas na Faixa de Gaza ultrapassou 3,8 mil pessoas, e o número de mortos de residentes israelenses ultrapassou mil. Milhares de israelenses e palestinos ficaram feridos.