A Polícia Civil do Rio de Janeiro anunciou que parte do armamento roubado do Exército foi recuperado. Até o momento, 8 das 21 armas furtadas do arsenal de guerra do quartel em Barueri, São Paulo, foram encontradas em um veículo estacionado no bairro Gardênia Azul, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O veículo também era roubado.
Durante a operação, a inteligência da polícia identificou uma movimentação de armamentos partindo da Favela da Rocinha, em São Conrado, para a Gardênia Azul, em Jacarepaguá.
Ambas as áreas são dominadas pela facção criminosa Comando Vermelho, uma das maiores do país.
Agora, as armas recuperadas ficarão armazenadas até o comando militar designar militares para buscá-las e realizarem a sua realocação.
Tudo começou quando o CMSE notou o sumiço de 21 armas de seu arsenal de guerra. Dos equipamentos, 13 armas são metralhadoras .50 e 8 de calibre 7,62.
O desaparecimento do armamento foi notado durante uma inspeção. Em pleno funcionamento, as metralhadoras .50 são capazes de derrubar aeronaves, por exemplo. Não se sabe precisamente a data em que foram roubadas.
O Exército suspeita, contudo, que o arsenal tenha sido subtraído aos poucos do armazém da unidade no interior de São Paulo.
Ainda segundo o general de brigada Maurício Vieira Gama, há militares envolvidos no esquema de contrabando, mas as informações estão sob sigilo. Além disso, militares temporários serão expulsos, enquanto outros integrantes do Exército podem estar sujeitos a processos disciplinares.
Os armamentos, segundo apuração, foram oferecidos ao Comando Vermelho. Grande parte desse arsenal já havia sido comprado, sendo ofertado a favelas dominadas pela facção. São elas: Nova Holanda, no Complexo da Maré; Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha; Rocinha e Cidade de Deus, conforme informou o G1.