Com o bloqueio terrestre e o corte no abastecimento elétrico por parte de Israel a Gaza, o hospital Al-Quds, na cidade, conta com poucas alas em funcionamento e é abrigo para mais de 12 mil pessoas, especialmente civis que tiveram as suas casas destruídas.
Conforme relato da Al Jazeera, o diretor do hospital, dr. Bashar Murad, recebeu uma ligação do Exército israelense com um aviso para evacuar imediatamente o hospital e deslocar todos que estão nele para a parte sul da região — que compreende, por exemplo, Khan Younis, cidade bombardeada ontem (19) por forças israelenses.
A justificativa oficial do representante do Exército, na ligação, seria a de que o bombardeio está próximo porque as tropas de Israel estão prestes a conduzir uma operação militar naquela área.
Após apontar a necessidade de múltiplos ônibus e uma rota segura para que uma evacuação completa ocorresse — além de abrigos ao sul capazes de receber os refugiados —, o Exército israelense lhe teria dito que caso não tirassem as pessoas a tempo, os residentes teriam de 'arcar com as consequências', desligando o telefone logo em seguida.