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Com todos os olhos em Israel-Gaza, Ucrânia está perdendo força no conflito, diz especialista militar

A administração Biden faz o ridículo, tentando aumentar assistência militar para a Ucrânia, mas é obvio que autoridades americanas não têm um plano para resolver essa crise que deve começar com uma grandiosa estratégia diplomática, escreve o oficial aposentado das Forças americanos, Daniel Davis, em um artigo para o jornal Responsible Statecraft.
Sputnik
No dia 17, o jornal The Washington Post anunciou que a administração Biden estava se preparando para pedir ao Congresso US$ 100 bilhões (R$ 506,47 bilhões). Esses fundos devem ir para o conflito em curso na Ucrânia, para uma nova guerra em Israel e para uma potencial guerra futura na região do Indo-Pacífico.
O especialista militar aponta que na publicação do The Washington Post não há detalhes sobre o propósito desses fundos, sendo a razão bem clara: o governo dos EUA não tem um plano e não sabe o que quer alcançar.
Além disso, de acordo com ele, esse caos político em Washington e escalada perigosa no Oriente Médio podem desvair a atenção pública da devida diligência razoável, necessária para determinar se faz sentido aumentar o financiamento da Ucrânia.
A ofensiva fracassada da Ucrânia, para qual o Ocidente forneceu enormes recursos, não conseguiu atingir as expectativas iniciais e acabou ocasionando para as forças ucranianas perdas impressionantes.

"A ausência de sucesso, no entanto, não dissuadiu muitos nos Estados Unidos que querem simplesmente continuar despejando dinheiro, munição e armas na Ucrânia", escreve o autor.

Além disso, o especialista militar sublinha que todas essas declarações das autoridades americanas sobre planejar apoiar Ucrânia "pelo tempo que for preciso" não é uma estratégia e não pode ser medida, avaliada ou mesmo definida.
Na sua opinião, Biden deve explicar ao povo americano que resultados concretos procura alcançar. Sem essa informação, os contribuintes não têm como saber se seus investimentos foram usados corretamente ou se são simplesmente um "desperdício colossal de dinheiro".

Assim, se Ucrânia "não conseguiu romper a linha defensiva russa após quatro meses de ataques, seis meses de treinamento, mais de US$ 46 bilhões [R$ 232,98 bilhões] em ajuda militar", por que os apoiadores da continuação de financiamento podem alegar que "dar outro pacote multimilionário terá sucesso onde todos os esforços anteriores falharam?".

Tudo isso não tem fundamento algum, enfatiza o autor.

"Não há caminho provável para uma vitória militar ucraniana, independentemente de quanto dinheiro o Congresso aloca, quantos tanques fornecemos ou quantos projéteis de artilharia produzimos. É hora de reconhecer essa verdade óbvia", concluiu ele.

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