Panorama internacional

Como ficará a economia argentina depois das eleições de domingo?

A corrida presidencial vem gerando incerteza de como o mercado reagirá e preocupa a população argentina a respeito do processo inflacionário que pode ser agravado com uma possível alta do dólar.
Sputnik
Para se ter uma noção, após as eleições primárias que aconteceram em agosto, o dólar subiu de 600 pesos argentinos (R$ 8,64) para 730 (R$ 10,56). No começo de outubro chegou a alcançar os mil pesos (R$ 14,47).
Esse aumento brusco explica as expectativas dos argentinos para o resultado eleitoral. Um novo aumento representaria uma perda de seu poder de compra.
Em conversa com a Sputnik, Florencia Gutierrez, economista do Centro de Economia Política Argentina (CEPA), deu sua opinião:

"Se [Javier] Milei ganhar, haverá mais incerteza, devido à sua proposta de dolarização, e espera-se novas pressões nos mercados".

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Gutierrez acrescentou que, mesmo que o governo tente aumentar o dólar oficial em 3% mensais até o final do ano, alcançando 380 pesos, este teria que "dar um salto cambial devido à incerteza se ganha o libertário". Se for assim, a especialista afirma que a equipe de Milei terá que se esforçar para tranquilizar os mercados.
Por outro lado, se Patricia Bullrich ganhar os efeitos imediatos seriam diferentes.

"Ela é a candidata das grandes corporações e do establishment. Por isso, acredito que a reação seria melhor: para eles, diferente do de Milei, seu programa é aplicável", afirmou.

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