O comunicado conjunto emitido pela secretária do Tesouro, Janet Yellen, e pela diretora do Gabinete de Administração e Orçamento da Casa Branca (OMB, na sigla em inglês), Shalanda D. Young, destacou que os dados de encerramento do ano fiscal, provenientes da Declaração Mensal de Receitas e Despesas do Tesouro dos EUA de setembro de 2023, revelam que o déficit representa aumento de US$ 320 bilhões (R$ 1,3 trilhão) em relação ao déficit do ano anterior.
Ainda de acordo com o texto, após receitas excepcionalmente fortes em 2022, impulsionadas por ganhos recordes de capital e notável recuperação da pandemia de COVID-19, as receitas em 2023 caíram para 16,5% do produto interno bruto (PIB).
As receitas de pessoas físicas e jurídicas também voltaram a níveis anteriores, de acordo com as projeções feitas após a aprovação da Lei de Redução de Impostos e Empregos, de 2017.
O comunicado enfatiza que a queda nas receitas foi o principal fator que contribuiu para o aumento do déficit em relação ao PIB e que as despesas não relacionadas com juros não tiveram papel significativo nesse aumento.
Também foi destacado que os gastos maiores do que as receitas permanecem em mais de US$ 1 trilhão (cerca de R$ 5 trilhões), abaixo do nível em que se encontravam quando o presidente Joe Biden assumiu o cargo, graças à recuperação econômica que se seguiu à campanha de vacinação da administração durante a crise sanitária causada pelo coronavírus.
O comunicado acrescenta que a legislação bipartidária assinada pelos democratas liderados por Biden e seus rivais republicanos deve reduzir o déficit em mais de US$ 1 trilhão ao longo da próxima década.