Segundo reporta a agência, os dois Estados já estão discutindo o futuro do enclave após a expulsão do movimento palestino Hamas. De acordo com a empresa de mídia, as discussões ainda estão na fase inicial e o seu sucesso irá depender de acontecimentos futuros, como o resultado da invasão terrestre de Israel em Gaza.
Autoridades israelenses afirmam repetidamente que não têm o desejo de ocupar Gaza, mas que também não permitirão que o Hamas se reestabeleça na região. Uma das soluções possíveis seria o retorno da Autoridade Nacional Palestina, o que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeitou.
Outro cenário estudado por Washington e Tel Aviv é a criação de um novo governo com a participação de países árabes. No entanto, para o analista de inteligência da CIA e especialista em Oriente Médio, William Usher:
"Um plano que envolvesse governos árabes exigiria uma grande mudança na forma como os Estados árabes aceitam os riscos e trabalham uns com os outros. Também exigiria uma grande confiança por parte de Jerusalém – uma mercadoria escassa.”
O recente agravamento do conflito entre Israel e Palestina começou em 7 de outubro, quando mísseis partiram de Gaza em direção ao Estado judaico. Atualmente, o número de vítimas na Faixa de Gaza chegou a 4.137 pessoas, além de 13 mil feridos. Em Israel, segundo as autoridades locais, mais de 1.300 pessoas foram mortas.
Países como Rússia e Brasil têm pedido às duas partes em conflito que cheguem a um cessar-fogo e retornem à mesa de negociações para o estabelecimento da solução de dois Estados, um israelense e um palestino, segundo uma resolução da ONU de 1947.