Os testes americanos aconteceram no mesmo dia em que a Duma, casa baixa do Legislativo russo, adotou uma lei que revoga a ratificação do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBT). A matéria agora seguirá para o Conselho da Federação, câmara alta do Parlamento, onde deve ser discutida no dia 25 de outubro.
"Para esta experiência [...] foram utilizados explosivos químicos de alta potência e traçadores de radioisótopos", acrescentou o órgão americano. A experiência foi supostamente conduzida "em apoio aos objetivos de não proliferação nuclear dos EUA" para reduzir as ameaças nucleares globais.
O CTBT foi assinado na ONU em 1996 . No entanto, vários países, incluindo os Estados Unidos, ainda não o ratificaram em seus Parlamentos, ao contrário da Rússia, que o fez em 2000. Ao mesmo tempo, os países que possuem armas nucleares assumiram compromissos voluntários de não realizar tais testes.
Em março, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Federação Russa, Sergei Ryabkov, observou que a situação em torno do CTBT causa preocupações crescentes devido às ações dos EUA, que realiza testes nucleares constantemente.
Em outubro, o o embaixador da Rússia em Washington, Anatoly Antonov afirmou: "Nós e a esmagadora maioria da comunidade internacional esperamos mais de um quarto de século que os EUA seguissem o nosso exemplo, mostrando-se uma potência nuclear responsável. As esperanças foram em vão."