Em declarações a jornalistas nesta sexta-feira (20), o responsável afirmou que "os desafios existentes não excluem o uso de armas nucleares".
A autoridade ressaltou, no entanto, que não estava sugerindo que tais armas poderiam ser utilizadas contra a própria Geórgia, mas sim na região ao redor. Ele não especificou a quais desafios geopolíticos se referia.
Liluashvili observou que o governo desenvolveu "um plano especial em caso de guerra nuclear" segundo o qual "para cada departamento existe um cenário e um plano de ação que estará envolvido".
Por exemplo, o Ministério da Saúde da Geórgia já desenvolveu uma lista de medicamentos que seriam distribuídos entre a população em caso de conflito nuclear, e também criou protocolos para cuidados médicos de emergência.
"Felizmente ou infelizmente, adquirimos uma vasta experiência nesse tipo de trabalho durante a recente pandemia de COVID-19", disse Liluashvili.
Os comentários do chefe do serviço de segurança surgem em meio a relatos de que os EUA conduziram uma explosão subterrânea em um campo de testes nucleares em Nevada.
O teste subterrâneo ocorreu poucas horas depois de legisladores russos aprovarem a retirada da nação do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBT) de 1996.
No entanto, o enviado de Moscou às Nações Unidas em Viena sublinhou que a Rússia continuará empenhada em manter uma moratória não oficial sobre os testes nucleares, a menos que seja forçada ao contrário.