Segundo a publicação, ao contrário do que vários meios de comunicação israelenses dizem, Israel não está considerando restaurar o poder da Autoridade Palestina no enclave após a pretendida liquidação do movimento Hamas.
"O primeiro-ministro [Benjamin] Netanyahu estabeleceu um objetivo: a eliminação do Hamas. Todas as conversas sobre decisões de transferência da Faixa de Gaza para a Autoridade Palestiniana ou qualquer outro partido são mentira", disse o gabinete de Netanyahu à mídia.
O Hamas é o partido político que atualmente controla a região. O movimento possui seu próprio braço armado, as Brigadas al-Qassam.
Nas eleições legislativas de 2006, o Hamas ganhou a maioria dos assentos (80) no Parlamento, frente a 43 do Fatah, o outro partido de maior expressão na Palestina. Em 2007, após um conflito na Faixa de Gaza, o Hamas assumiu o controle total do território, depois de expulsar a maioria dos ativistas do Fatah (que a essa época não compunha mais o governo).
Desde o início do último agravamento do conflito entre Palestina e Israel, em 7 de outubro, o número de vítimas fatais na Faixa de Gaza chegou a 4.137, com mais de 13 mil feridos, segundo o Ministério da Saúde palestino. Do lado de Israel, as autoridades declararam 1.300 mortos.
Países como Rússia e Brasil têm pedido às duas partes que cheguem a um cessar-fogo e retornem à mesa de negociações para o estabelecimento da solução de dois Estados, um judeu e um árabe, segundo uma resolução da ONU de 1947.