De acordo com levantamentos oficiais, reforçou a ministra, só em Berlim "mais de 100 agentes policiais ficaram feridos devido a ações violentas", que consistiram no lançamento de garrafas e de fogos de artifício.
Faeser destacou que "foram registrados mais de 1.200 crimes em toda a Alemanha" relacionados ao conflito entre Israel e Palestina, e que "centenas de detenções" foram realizadas na capital do país.
A oficial ainda informou, baseando-se no levantamento mais recente, que ocorreram 211 manifestações em apoio a Israel, 129 protestos a favor dos palestinos e que 46 manifestações foram proibidas pelo governo.
A polícia de Berlim, por sua vez, comunicou hoje (20) que proibiu as manifestações pró-Palestina marcadas entre os dias 21 e 30 de outubro, bem como "qualquer evento" que possa vir a substituir os que foram cancelados.
Faeser também explicou que na Alemanha toda a população tem direito à liberdade de expressão, desde que limitada por algumas "fronteiras", como no caso de manifestações antissemitas e anti-Israel.
A ministra, por fim, também deixou claro que se a Alemanha tiver a possibilidade de deportar palestinos apoiadores do Hamas, o fará com convicção.
De acordo com os últimos dados disponíveis, a escalada da violência no conflito israelo-palestino causou mais de 1,4 mil mortes e cerca de 4,8 mil feridos em Israel, e cerca de 4,1 mil mortes e mais de 13 mil feridos na Faixa de Gaza, sem contar que entre 200 e 250 pessoas foram sequestradas e mantidas como reféns no enclave.