Uma empresa da China pode continuar a arrendar o porto de Darwin, na Austrália, comunicou na sexta-feira (20) o governo australiano, citado pela agência norte-americana Bloomberg.
O porto foi arrendado em 2015 por 99 anos pela Landbridge Group da China. Mais tarde, em 2021, Camberra anunciou que o Departamento de Defesa investigaria o acordo e aconselharia o governo sobre o que fazer. No entanto, não foram encontradas preocupações com a segurança nacional.
O governo decidiu que "não era necessário alterar ou cancelar o contrato de arrendamento", pois "há um sistema regulatório robusto em vigor para gerir os riscos à infraestrutura crítica".
"O monitoramento das medidas de segurança em torno do Porto de Darwin continuará. Os australianos podem ter certeza de que sua segurança não será comprometida e, ao mesmo tempo, garantindo que a Austrália continue sendo um destino competitivo para investimentos estrangeiros."
A avaliação vem pouco antes de uma visita do primeiro-ministro australiano Anthony Albanese a Pequim.
Placa exibida em uma cerca ao redor do porto de Darwin, na cidade de Darwin, Austrália, 28 de agosto de 2023
© AFP 2023 / David Gray
As relações entre a Austrália e a China têm melhorado desde a eleição do atual governo trabalhista em 2022. Em agosto de 2023, a China anunciou que suspenderia as tarifas sobre a cevada, liberou na semana passada um jornalista australiano preso e, nesta semana, sinalizou um possível progresso na resolução de uma disputa com a Austrália sobre tarifas contra o vinho australiano.
O governo australiano também anunciou nesta semana que acabaria com as tarifas antidumping sobre as exportações chinesas de torres eólicas. Pequim reclama há muito tempo sobre este assunto, e o ministro do Comércio da China respondeu ter atendido bem esse anúncio.