Os comentários de Biden foram feitos dias depois de o líder estadunidense fazer uma visita dramática a Israel durante a guerra para reuniões com o premiê Benjamin Netanyahu. Os dois se abraçaram na pista do aeroporto depois que Biden pousou em Tel Aviv na quarta-feira (18).
"Uma das razões pelas quais eles agiram daquela maneira, pela qual o Hamas avançou contra Israel, é porque eles sabiam que eu estava prestes a me sentar com os sauditas. [...] Porque os sauditas queriam reconhecer Israel e isso uniria de fato o Oriente Médio", disse o presidente ontem (20) em um evento de arrecadação de fundos de campanha em Washington segundo a Bloomberg.
Washington e Riad estavam trabalhando para que a Arábia Saudita reconhecesse Israel em troca de garantias de segurança dos EUA.
Publicamente, os funcionários do governo procuraram minimizar os rumores de um avanço à medida que as negociações progrediam, mas Biden estava entusiasmado com a iniciativa e em julho enviou o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, ao reino.
Com o ataque do Hamas no dia 7 de outubro e a forte retaliação israelense contra palestinos, a qual ainda está em curso, o acordo "subiu no telhado", com os sauditas interrompendo seus esforços para normalizar os laços com Israel.
Pessoas conhecidas, que falaram sob condição de anonimato à mídia descreveram, no entanto, que foi apenas uma pausa e não o fim das tratativas.
Biden apresentou na ontem (20) uma medida de gastos emergenciais de US$ 106 bilhões (R$ 535 bilhões) ao Congresso para impulsionar Israel e as Forças Armadas da Ucrânia, que inclui US$ 61,4 bilhões (R$ 310 bilhões) para um ano de assistência à Ucrânia e US$ 14,3 bilhões (R$ 72,30 bilhões) para ajudar a armar Israel.