Panorama internacional

Discurso de Biden personifica política de América em Último, diz ex-diplomata dos EUA

As palavras de quinta-feira (19) de Joe Biden sobre os EUA na arena internacional revelam uma visão que tem se mostrado destrutiva para o país norte-americano, de acordo com um diplomata do Departamento de Estado.
Sputnik
Joe Biden, presidente dos EUA, fez quinta-feira (19) um raro discurso à nação, no qual argumentou que financiar Israel e a Ucrânia era uma questão de segurança dos EUA.
O governo Biden está solicitando ao Congresso fundos no valor de US$ 106 bilhões (R$ 533,66 bilhões), principalmente para as necessidades de defesa da Ucrânia e de Israel, mas também para fortalecer a posição dos Estados Unidos no Indo-Pacífico, bem como para operações na fronteira sul dos EUA. Da soma total, Washington solicita mais de US$ 60 bilhões (R$ 302,07 bilhões) para a Ucrânia.
O discurso, que busca ampliar o apoio para aumentar os já enormes níveis de ajuda dos EUA à Ucrânia e a Israel, foi outra expressão impensada e reflexiva da mentalidade globalista que vem destruindo a economia e a sociedade dos EUA nas últimas décadas em busca de objetivos internacionais insanos, comentou James Carden, ex-diplomata do Departamento de Estado do país norte-americano.
"O discurso será lembrado, se for lembrado, como um encapsulamento perfeito da mentalidade de América em Último de nossa classe dominante, que privilegia os países estrangeiros em detrimento dos americanos de classe média e trabalhadora", disse Carden.
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Ele ressaltou que Biden não deu atenção às crises de criminalidade, segurança, econômica e social que agora assolam os Estados Unidos, como os acordos de livre comércio, guerras intermináveis e uma política de fronteira aberta que inundou o país com fentanil e opioides que estão matando comunidades, segundo o ex-funcionário do governo norte-americano.
Segundo ele, o presidente norte-americano também não deu quaisquer sinais de novas ideias, moderação, compromisso ou flexibilidade em seu discurso, sem "nenhuma reformulação da política dos EUA em relação à Ucrânia ou ao Oriente Médio".
Os comentários de Biden "validaram a visão de George Kennan [diplomata dos EUA que defendeu a política de contenção da URSS no início da Guerra Fria] de que os Estados Unidos são semelhantes a um daqueles monstros pré-históricos com um corpo tão longo quanto esta sala, e um cérebro do tamanho de um alfinete", na opinião James Carden.
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