Panorama internacional

Hamas diz que Israel se recusou a receber 2 reféns; Hezbollah perde 4 combatentes e tensão cresce

Um porta-voz do braço armado do Hamas disse neste sábado (21) que o grupo pretendia libertar mais dois reféns por "razões humanitárias", mas que Israel se recusou a recebê-los.
Sputnik
O porta-voz das Brigadas Al-Qassam, Abu Ubaida, disse em um breve comunicado que informou ao Catar na sexta-feira (20) sobre a intenção do Hamas de libertar as duas pessoas, relata a Reuters.
Na sexta-feira (20), o grupo liberou duas mulheres norte-americanas que estavam reféns desde o dia 7 de outubro. Cerca de 200 pessoas foram detidas pelo grupo palestino. Judith Tai Raanan e Natalie Shoshana Raanan foram sequestradas na aldeia de Nahal Oz, ao sul do país, próximo à fronteira com a Faixa de Gaza.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) estão na iminência de entrarem na Faixa de Gaza através de uma operação terrestre, com as FDI declarando hoje (21) que o Exército intensificará imediatamente seus ataques em Gaza para aumentar a pressão sobre o Hamas, disse o porta-voz das FDI, contra-almirante Daniel Hagari.

"Temos que entrar na próxima fase da guerra nas melhores condições, e não de acordo com o que nos dizem. A partir de hoje, estamos a aumentar os ataques e a minimizar o perigo", afirmou Hagari em uma conferência de imprensa, provavelmente referindo-se a uma ofensiva terrestre iminente, segundo o The Times of Israel.

Os confrontos na fronteira com o Líbano também se intensificaram neste sábado, com o Hezbollah anunciando que quatro combatentes foram mortos pelas forças israelenses.
Uma fonte de segurança libanesa disse à Reuters que um dos combatentes foi morto na área libanesa de Hula, em frente à comunidade israelense de Margaliot, local que Israel disse ter sido alvo de um ataque com mísseis antitanque. O Exército israelense afirmou que estava revidando ações do grupo libanês.
Panorama internacional
Israel intensifica ataque contra Hezbollah na fronteira com o Líbano e há relato de vítimas
O Hezbollah e os militares de Israel têm trocado tiros na fronteira quase diariamente desde que o Hamas lançou um ataque contra o território israelense em 7 de outubro e Tel Aviv retaliou com ferozes ataques aéreos em Gaza.
É a pior escalada de violência ao longo da fronteira israelo-libanesa desde a guerra de 2006 entre o Hezbollah e Israel, destaca a mídia. Fontes disseram anteriormente que os ataques do Hezbollah foram concebidos para manter os militares de Israel ocupados sem provocar uma grande guerra.
Porém hoje, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, disse que o Hezbollah "decidiu entrar no confronto" e tem pago "um preço elevado" pelos seus ataques com mísseis, foguetes e tiros contra instalações militares e cidades ao norte de Israel.

"O Hezbollah decidiu participar nos combates, estamos a cobrar um preço elevado por isso. Presumo que os desafios vão se tornar maiores [do que são agora], e é preciso ter isso em conta, estar pronto, como uma mola, para qualquer situação" disse Gallant às tropas na 91ª base da divisão territorial, no campo de Biranit, na fronteira com o Líbano.

O secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, disse ao primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, que era importante respeitar os interesses de seu povo, os quais seriam afetados se o país fosse arrastado para o conflito israelo-palestino, afirmou o Departamento de Estado em um comunicado neste sábado (21).
O porta-voz Matthew Miller informou que a ligação ocorreu na sexta-feira (20). Blinken também afirmou o apoio dos EUA ao povo libanês e notou a crescente preocupação com o aumento das tensões ao longo da fronteira sul do Líbano.
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