"Existem mortos e um grande número de feridos como resultado do bombardeio israelense ao mercado de Nuseirat, na Faixa de Gaza", disse a pasta em comunicado, sem especificar a quantidade de óbitos.
Após o ataque, um incêndio atingiu a estrutura do mercado, que fica na porção Norte de Gaza, a mais populosa do território. Há 15 dias, a região sofre com bloqueios por terra, água e mar por parte de Israel, o que deixou quase no fim os estoques de alimentos.
Mais de 5,5 mil pessoas já morreram por conta do conflito com o Hamas, informaram as autoridades palestinas e israelenses. A maioria dos óbitos é de mulheres e crianças. Nesta semana, o ataque a um hospital de Gaza deixou cerca de 500 mortos e gerou críticas da comunidade internacional.
A ajuda humanitária ao território, que tem cerca de 2,3 milhões de habitantes, só começou a chegar neste sábado, pela fronteira com o Egito.
Israel intensifica ataques
Poucas horas depois da chegada dos caminhões com alimentos, os militares israelenses anunciaram que os bombardeios contra Gaza serão intensificados, em uma nova fase da guerra contra o Hamas. Os ataques já duram 15 dias.
"A partir de hoje, estamos aumentando os ataques e minimizando o perigo. Temos que entrar na próxima fase da guerra nas melhores condições, e não de acordo com o que nos dizem", disse o porta-voz militar, almirante Daniel Hagari.
Em visita a uma brigada de infantaria, o chefe do Estado-Maior, tenente-general Herzi Halevi, afirmou que as tropas estão prontas para qualquer surpresa do Hamas quando entrarem no território por terra.
"Gaza é densamente povoada, o inimigo está preparando muitas coisas lá – mas nós também estamos nos preparando para elas", disse Halevi.
Israel já convocou pelo menos 360 mil reservistas e a operação por terra é vista com apreensão pela ONU e a comunidade internacional. Conforme a Autoridade Palestina, caso a ação se concretize, o número de mortos civis deve ultrapassar 15 mil.