Derrotada nas eleições presidenciais argentinas deste domingo (22), a candidata Patricia Bullrich reconheceu sua derrota nas urnas, mas se recusou a parabenizar o líder na disputa, o governista Sergio Massa, que avançou para o segundo turno junto com o ultraliberal Javier Milei.
"Não atingimos os objetivos que queríamos para os argentinos. Nossa causa vai além de um momento eleitoral, um momento de derrota, como aceitamos hoje", disse Bullrich a eleitores.
Em seguida, ela atacou Massa, sem citar diretamente o nome do candidato, mas fazendo alusão ao governo atual do presidente Alberto Fernández.
"O populismo empobreceu o país e não sou eu que vou felicitar o regresso ao poder de alguém que fez parte do pior governo da história da Argentina", disse Bullrich.
Ex-ministra da Segurança do governo do ex-presidente Mauricio Macri, Bullrich terminou a disputa em terceiro lugar com 23,82% dos votos. Com 90% das urnas apuradas, Massa e Milei conquistaram, respectivamente, 36,31% e 30,18% dos votos.
No discurso para reconhecer a derrota, ela reafirmou seus valores a favor da transparência e contra a corrupção, e disse que o país deve abandonar o populismo se quiser crescer e acabar com a pobreza.
"Jamais seremos cúmplices do populismo na Argentina, nem das máfias que destruíram o país, de onde quer que eu esteja, nunca desistirei", disse Bullrich.