A Alemanha entregou mais três sistemas de armas antiaéreas autopropulsadas Gepard para a Ucrânia como parte de sua ajuda militar ao regime de Kiev. Embora as Forças Armadas da Ucrânia já tenham um total de 34 unidades de Gepard, é improvável que esta arma seja um divisor de águas no conflito, observa Litovkin.
Ele explicou que este sistema antiaéreo é equipado com dois canhões automáticos de 35 mm e possui um alcance de 4,8 quilômetros, o que significa que o Gepard é capaz de alvejar "helicópteros e aeronaves não muito poderosas".
No entanto, o sistema "certamente não fará um avanço revolucionário" em termos de mudança do curso da operação militar especial russa na Ucrânia, de acordo com Litovkin.
"Não sei o que eles [o Exército ucraniano] vão proteger [com ajuda dos Gepard]. Em geral, para defender tropas na ofensiva, deve-se ter um complexo de vários sistemas de defesa antiaérea e estações de radar operando em alcances de até 150 km", disse o analista.
Falando sobre a vulnerabilidade dos sistemas Gepard aos veículos aéreos não tripulados, Litovkin disse que os drones kamikaze russos, como o Lancet, podem enfrentar com sucesso as armas antiaéreas alemãs.
Ao ser questionado por que a Alemanha está dedicando atenção especial ao fornecimento de Gepards a Kiev, o analista ressaltou que "a Alemanha, os EUA e outros países da OTAN estão fornecendo suas armas desativadas à Ucrânia para modernizar seus próprios arsenais".
Ele destaca que os sistemas Gepard, desenvolvidos na década de 1960, foram oficialmente adotados pelo Exército da Alemanha nos anos 1970, mas foram descomissionados desde 2010.