Entre as vítimas, estão 13 policiais que foram atacados durante uma patrulha no município de Coyuca de Benítez, em Guerrero. Os agressores ainda não foram identificados e o promotor Alejandro Hernandez disse à AFP que o motivo do massacre é investigado.
Um alto funcionário de segurança do estado estava no comboio quando ocorreu o ataque e ainda não há informações se ele foi assassinado.
Já no estado vizinho de Michoacán, um grupo de homens armados atacou o irmão do prefeito da cidade de Tacámbaro e deixou cinco pessoas mortas, além de outros dois feridos. Em vídeo postado nas redes sociais, os agressores foram vistos abrindo fogo antes de fugir em vários veículos.
Onda de violência por conta dos cartéis
Assolado por uma onda de violência por conta dos cartéis de tráfico, mais de 420 mil pessoas já foram assassinadas no país desde que o governo empenhou o Exército na guerra contra as drogas em 2006. Com isso, a taxa de homicídios triplicou para 25 por 100.000 habitantes.
Os estados de Guerrero e Michoacán, onde aconteceram os ataques, estão entre as áreas mais violentas do país. Confrontos entre traficantes de drogas rivais e as forças de segurança são constantes. Apesar de abrigar o famoso resort litorâneo de Acapulco, Guerrero é uma das regiões mais pobres do México.
As mortes de policiais, principalmente do baixo escalão, também se intensificaram no país, que no próximo ano terá eleições presidenciais.
A violência, especialmente voltada para autoridades de baixo escalão, se intensifica em todo o país às vésperas das eleições. Eleições presidenciais e parlamentares estão marcadas para o próximo ano.
O presidente Andrés Manuel López Obrador, que foi eleito em 2018, defende uma outra estratégia contra as organizações criminosas, através da redução da pobreza e da desigualdade com programas sociais. Obrador também não apoia o uso do Exército nas operações.