De acordo com o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, as entregas mostram o compromisso de Biden em reforçar as forças americanas, bem como proteger seus interesses na região.
No entanto, a medida pode escalar as tensões e riscos de conflitos no Oriente Médio, uma vez que os sistemas americanos são considerados uma ameaça à segurança nacional de outros países, como o Irã.
"Eu acredito que a implantação dos THAAD e outros sistemas de defesa antiaérea mostra claramente que os Estados Unidos estão envolvidos e [vão] apoiar Israel fortemente para proteger seus interesses na região", afirmou à Sputnik Michael Maloof, ex-secretário dos EUA e analista político.
O analista destacou que os Estados Unidos possuem bases espalhadas por todo o Oriente Médio, sendo que cerca de 35 delas estão próximas do Irã.
Além disso, o analista destaca que os ataques com drones e foguetes contra as tropas dos EUA na Síria e Iraque são um sinal de uma escalada com o Irã.
"Eles não estão procurando o que causou tudo isso. E isso as pessoas não sabem ou apenas preferem ignorar por causa das ameaças iminentes existentes. Um ministro israelense afirmou que se o Hezbollah atacar a partir do Líbano, [Israel] vai caçar a 'cabeça da cobra', assim é como definiram o Irã. Sendo assim, essa eventual guerra está escalando rapidamente, especialmente se os israelenses expandirem suas forças não apenas em Gaza, como também no norte do Líbano", observou.
Maloof observou que a implantação de capacidades adicionais dos Estados Unidos na região e a presença de bases americanas ao longo do golfo do Irã já indicam uma escalada.
"Isso é algo que a administração Biden tem incentivado. Vimos isso primeiro na Ucrânia. Agora estamos vendo em Israel. Conflitos externos para proteger as fronteiras de outros países, mas não a sua própria. Isso é incompreensível", destacou.