Operação militar especial russa

Ucrânia utilizou drones da CIA para fazer ataques à Ponte da Crimeia, diz mídia

Matéria do jornal norte-americano The Washington Post que entrevistou agentes e ex-agentes da inteligência informou que os drones que atacaram a Ponte da Crimeia em 2022 faziam parte de operação ultrassecreta da CIA.
Sputnik
Um artigo publicado pelo The Washington Post conta que na última década a inteligência ucraniana passou a se desenvolver em parceria com a CIA, e que esta gastou "dezenas de milhões de dólares para transformar os serviços ucranianos de formação soviética em potenciais aliados contra Moscou [...]".
Os funcionários que concederam entrevistas para a matéria trabalham ou já trabalharam nas inteligências ucraniana, dos EUA ou em outras agências ocidentais.
Apesar da conexão entre as agências, um ex-agente da CIA comentou que em sua época "havia muitas restrições no que diz respeito ao trabalho operacional com os ucranianos". Em ocasiões passadas, apesar de não concordarem com várias operações pensadas por Kiev, a agência manteve seu apoio.
Muitas vezes, contou um funcionário ucraniano, os espiões ucranianos não compartilhavam sobre suas operações com os colegas ocidentais, pois sabiam que receberiam uma resposta direta dos norte-americanos como: "Não queremos ter nenhuma participação nisso".
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Como exemplo de cooperação mais recente entre as bases de inteligência, relatou-se que os drones navais que a Ucrânia utilizou para atacar a Ponte da Crimeia em outubro de 2022 foram desenvolvidos com a participação da CIA.
"O SBU [Serviço de Segurança da Ucrânia] realizou um segundo ataque à ponte nove meses depois, utilizando drones navais que foram desenvolvidos como como parte de uma operação ultrassecreta envolvendo a CIA e outros serviços de inteligência ocidentais", conta a matéria.
As informações da publicação referem que tanto o segundo quanto o primeiro ataque foram comunicados antecipadamente aos representantes da CIA em Kiev.
Os entrevistados também contaram que "nenhuma operação importante do SBU ou GUR [Diretoria Principal de Inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia] ocorre sem a autorização, tácita ou não, de Zelensky".
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