As publicações da mídia dos EUA sobre o envolvimento da CIA nos ataques do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU, na sigla em ucraniano) contra a Rússia estão relacionadas com as próprias eleições americanas, disse a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, nesta segunda-feira (23), em entrevista à emissora Moscow 24.
"Se agora a mídia americana está, subitamente, começando a ver a luz, por assim dizer, então há uma razão específica para isso. É óbvio. Em primeiro lugar, esse é o desejo de se livrar da responsabilidade. O segundo ponto é o período eleitoral, que agora está ganhando força nos Estados Unidos. Coisas semelhantes serão usadas em seus arranjos políticos internos", disse Zakharova.
Uma reportagem publicada pelo jornal The Washington Post, que cita autoridades ucranianas e americanas, apontou que desde 2015 a CIA gastou dezenas de milhões de dólares para transformar o SBU em um aliado contra a Rússia.
Segundo a mídia, os serviços de inteligência ucranianos cometeram dezenas de assassinatos nos últimos 20 meses, incluindo os do correspondente militar Vladlen Tatarsky e da cientista política Daria Dugina.
Além disso, segundo o jornal, os drones utilizados por Kiev para atacar a Ponte da Crimeia em outubro de 2022 foram desenvolvidos durante uma operação secreta com a participação da CIA e de outros serviços de inteligência ocidentais.
A próxima eleição presidencial dos EUA será realizada em novembro de 2024. Na disputa pela indicação republicana estão o ex-presidente Donald Trump; o ex-vice-presidente Mike Pence; o governador da Flórida, Ron DeSantis; o empresário Vivek Ramaswamy; a ex-embaixadora dos EUA na ONU Nikki Haley; o senador da Carolina do Sul Tim Scott; e o ex-governador de Nova Jersey Chris Christie, entre outros. O atual presidente dos EUA, o democrata Joe Biden, disse em abril que pretende ser reeleito.