Ciência e sociedade

Asteroide próximo pode conter elementos superpesados que não existem na tabela periódica, diz estudo

No nosso Sistema Solar existe um punhado de asteroides que são tão densos que nenhum elemento na Terra pode explicar suas propriedades. Em vez disso, eles podem ser feitos de "elementos superpesados" de ocorrência natural além dos listados na tabela periódica que atualmente é composta por 118 elementos químicos, sugere uma nova pesquisa.
Sputnik
"Se os asteroides realmente contiverem elementos superpesados, isso abriria inúmeras questões sobre como esses elementos foram formados e por que ainda não os tínhamos descoberto fora dos asteroides", indagou Johann Rafelski, professor de física da Universidade do Arizona, ao Live Science.
Rochas espaciais imensamente pesadas, conhecidas como objetos ultradensos compactos (CUDO, na sigla em inglês), são tipicamente mais pesados que o ósmio, o elemento mais pesado na Terra de ocorrência natural.
Uma dessas rochas é a 33 Polyhymnia, situada no cinturão principal de asteroides entre Marte e Júpiter. Durante muito tempo os cientistas têm estado perplexos com sua densidade, já que o objeto de 55 km de largura não tem a massa necessária para comprimir minerais em formas ultradensas, escreve Space.com

Pesquisas anteriores sugeriam que a densidade de objetos semelhantes ao 33 Polyhymnia poderia ser explicada se esses corpos celestes fossem preenchidos com misteriosas partículas de matéria escura que talvez não existam como partículas livremente, mas sim em conglomerados dentro de asteroides. Entretanto, em recente estudo, Rafelski e seus colegas demonstraram matematicamente que a existência de CUDO pode ser explicada não com matéria escura, mas com classes desconhecidas de elementos químicos não incluídos na tabela periódica que são muito mais densos que o ósmio.

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Cientistas têm estado debatendo há muito tempo se elementos mais pesados que o oganessônio, o último da tabele periódica, podem ocorrer naturalmente e ser estáveis. Tais elementos superpesados são altamente radioativos e se decompõem em milissegundos, devido à repulsão entre o alto número de prótons amontoados em seus núcleos.
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